segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Pensando em Clarice


No silêncio da rua escura do meu bairro
Na solidão e na fragilidade de CL
Que ainda agora escapou de meus dedos
Quando o livro se fechou.
Estava sem marcador.
 Percebo o som da ventoinha
Quase suave depois que um avião passou.
Ainda penso em CL, ligando para os amigos de madrugada,
Numa cidade maravilhosa e barulhenta
Talvez temesse a solidão da sua sala...
Talvez temesse o rebu das palavras fervendo em sua mente...
Que os incontáveis papéis amassados na máquina de escrever,
Não puderam, naquelas horas, absorver.
(11/12/2011)

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